A gente navega uma vida inteira...
Uns remam, outros usam motor de popa.
À remo ou a motor
Dependemos das marés,
Que dependem dos ventos.
No controle de nosso navegar
O combustível é fé, disposição e sabedoria
Para direcionar o leme, no momento e no rumo certos.
O Universo é harmônico.
Todo manifestar é sincronicamente perfeito.
Não dá para contar com a sorte, somente.
Fazemos parte da engrenagem.
Somos pequenas e grandes peças que se unem,
Complementam-se, interligam-se...
Não há a mais ou a menos importante,
A mais necessária, a menos necessária...
Somos parte de um todo
Que só funciona se cada um de nós... funcionar...
A gente navega uma vida inteira...
Uns ancoram em porto seguro
Outros, naufragam ...
Outros, ficam por aí,
Nos mares da vida, à deriva...
Esperando ventos e marés,
Blasfemando contra a sorte...
Fracos, desprezam os remos...
Teimosos, nunca quiseram aprender a lidar com o motor,
Entender dos ventos ou respeitar as marés...
E, assim navegam:
Uns e outros...
Outros e uns...
(Val)
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