2 de outubro de 2008

NOS BRAÇOS DO MAR



Nos braços do mar

O barco segue

Deslizando esperanças

Em remos cansados

Em mãos enrugadas


Nos braços do mar

Deita-se o casco envelhecido

No balanço macio

Do sobe e desce de ondas meninas

Que não se cansam de brincar


Nos braços do mar

Navegam sonhos

Nascem poetas e poemas

Donzelas, senhoritas,

Mundanas e plebeus...


Nos braços do mar

Castelos, reis e princesas

Cavalos-marinho e sereias

Que dançam e se assanham

Para o velho homem do mar


Nos braços do mar

A vida abraça o tempo

O tempo afaga a vida

E a vida e o tempo

Navegam juntos

Nos braços do mar...


(Val)

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