Às vezes dá vontade de ficar assim:
Ajoelhada, sozinha, diante de portas trancadas...
Às vezes dá vontade de fugir para bem perto das estrelas...
Às vezes dá vontade de ficar em preto e branco...
Às vezes dá vontade de apagar a luz...
Ás vezes dá vontade de ser feto...
Às vezes dá vontade de torcer a solidão,
Envergar os galhos secos, arrancar as flores...
Às vezes dá vontade de largar o corpo...
Abandonar a alma...
Mas, de repente..
Invadindo essa solidão,
Se arrastando por debaixo da porta
Desliza um raio de luz
Trazendo cores e quebrando o silêncio
E toma a forma de mãos...
Mãos que se estendem em nossa direção...
Mãos fortes, que nos erguem...
Mãos seguras e firmes que nos conduzem...
Ao azul...
Ao mar...
Ao sol...
À vida...
(Val ... 2005)
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