25 de agosto de 2009

O TEMPO


Tempo
É agulha que alinhava
As vestes do dia...

Tempo
É ... imortal!
Tudo se rende ao tempo
Que, imbatível,
Vai abrindo e fechando portas...
Incansável.

(Val)

20 de agosto de 2009

CULPAS



“Sei de todas as CULPAS.
Mas, o que mais me dói
É não ter tido alguém
Que, comigo,
Dividisse as CULPAS;
Ou, me fizesse sentir
menos culpada”.

Há erros...
Mas, alguém erra objetivando o erro??
Não creio!!!

Talvez, tão errado tenha sido
Quem não abraçou
No momento certo;
Quem disse "adeus"
No momento errado...
Quem simplesmente
‘lavou as mãos’...

(Autor Conhecido)

15 de agosto de 2009

A POESIA DA ESTRADA-DO-QUE-SINTO




Nem sempre consigo a ‘poesia’...
Mas, sempre viajo em versos
Como se andasse ‘em mim’,
Na estrada-do-que-sinto...
Não me cobro a poesia escrita.
Ela habita em mim
E a permito se guardar.
O parto nem sempre acontece.
A poesia da
‘estrada-do-que-sinto’
Cuida das minhas emoções,
Alimenta minha sensibilidade.
É a companheira que sobrevive
À alternância da lágrima e sorriso,
À solidão e à saudade,
O encontro e à busca...
Não foge dos medos
E protege os sonhos
Pois deles se alimenta...


(Val .. 'em contrações de versos')

13 de agosto de 2009

EIS-ME AQUI!!!


Tu só precisas de um
Pouso, um canto,
Um acalanto...
Alguém que,
Por encanto,
Surja de tudo
E venha com nada...
Para que tu sintas
A essência,
O ‘in’,
O necessário
Para ... continuar ...

- "EIS-ME AQUI !"

(Val...pura 'disponibilidade' rs)

10 de agosto de 2009

O PALHAÇO



Gosto de Palhaços!

O palhaço
Sofre sorrindo...
Sorri, mesmo sofrendo...

Palhaço alegra a ‘platéia’
Mas, ... chora no camarim...
Vai quase além do seu limite ...
Por nada ... ou por tudo ...
Por tudo, ou nada ...

O nada, o tudo...
O Palhaço ... e a vida ...

(Val)

9 de agosto de 2009

MEU PAI (Parte II)



Meu pai também era ‘compositor’...
Tivemos ‘épocas’ duras demais.
Estivemos ‘rasos’ na vida...
Problemas, problemas e muitos problemas financeiros...
Papai não se desesperava.
Quando me via ‘apreensiva’...
(Por causa das ‘lágrimas’ da minha mãe...)
Ele sentava à minha cama
E dizia assim:
“Vamos cantar”??
Eu não entendia direito...
Mas, logo ele começava a cantarolar...
E me ‘exigia’ (rs) que encontrasse
Rimas para a canção...

Hoje sei que era a canção para ‘ninar’ desespero....!!(rs)

Papai...nas épocas ruins de nossa vida...
Encontrava ânimo, disposição e ‘garra’...
Para sair de mãos dadas comigo
E ‘passear’ “pelo-fim-de-feira”...

Sabe o que é isso???

Pedíamos e ganhávamos muitas
Verduras, laranjas, maçãs e bananas...

(Paai e eu éramos verdadeiramente PARCEIROS!!)

Um dia...
Papai ganhou uma bolsa cheinha de ‘folhas’...
(couve, alface, chicória....!!)
Foi um domingo tão feliz aquele!!

Chegamos da feira...
E, papai não me deixou ‘acordar” minha mãe
Que já tinha tomado ‘calmantes’
Para dormir para afastar a tristeza de...
Não ter nada para o almoço de domingo.
Naquele domingo...eu e ele
Fizemos um ‘sopão’ de verduras!!!

Não sei se em toda minha vida
Houve almoço de domingo melhor...

Comemos todosssssssss....
Inclusive vizinhos ...
Que não eram tão amigos...(?)
Pois não nos ajudavam muito...
Apenas criticavam, julgavam ...meu pai!!!


/@@\ ..../@@\


PÁRO!!

Amanhã, DOMINGO...

Dia de ‘feira’ e de ‘pai’...

Vou à MisSa...
E, comigo, uma "bolsa" cheinha
De carinho, amor e gratidão ...
E, no altar...
No altar entregarei ....a ele,
(Via Jesus!!)
Ao meu pai...
A minha SAUDADE!!!

MEU PAI (PART I)


MEU PAI, RENÉ!!!


Papai NUNCA foi um ‘moço-velho’...
Quando ele começou a envelhecer...,
A achar nada muito ‘interessante’ por ‘aqui’,
Deus, na sua bondade infinita,
Transportou-o para uma outra realidade.
E, é lá que meu pai está...

Papai NUNCA ‘envelheceu’...
Cabelos brancos, rugas??
Ele dizia:
“Faz parte do ‘charme’, filha!!!”
E, eu encarava seu andar lento...
Suas mãos trêmulas...
Seu rosto cansado...
Seu ‘sono profundo’ como um
“Faz parte, filha!”

Meu pai era poeta, sem saber escrever versos.
Ele via, com seus lindos olhos verdes,
Uma flor e em seu silêncio
Traduzia num sorriso...
Sua beleza...Seu real significado...
Sua importância...seu verdadeiro ‘porquê’...

(Os poemas de meu pai...
Eram os mais lindos...
que ATÉ HOJE...conheci.)


Papai não jogou bola com meus filhos.
(Talvez, não tenha dado tempo!!!)
Mas, ele brincava de:

“Quem te ama mais? E, por que?”

E, através desta brincadeira...
Ele falava do verdadeiro sentido
Do amor... amor de verdade...

Papai, era muito ‘emoção’...

Alguns dias, antes d’ele ‘viajar’,
Eu comprei para ele

‘O Pequeno Príncipe’

Ele pediu!!

Cômico se não fosse tão profundo...
Papai, já cansado...
Abriu a página e mostrou "a flor"...
Acarinhou meu rosto e...
Sussurrava ser eu
A sua FLOR....


.../@@\...


DESDE 30/01/2006 PAPAI ME ESPERA...
ELE SABE QUE AINDA PRECISO
ENCARAR ESTA,
AGORA,
AQUI...
REALIDADE!!!!

7 de agosto de 2009

PALHAÇO


Se tu me dizes
Ser a vida uma ‘palhaçada’...
Então:
Saibamos o momento exato de
Sorrir...
De fazer ’sorrir’...
Reconheçamos a dimensão do nosso palco...
Aceitemos a constância dos aplausos...
Alcancemos o potencial da nossa arte
E, sejamos, sim...

PALHAÇOS!!!

Profissão: “Palhaço”!!!

Erga ‘tua bandeira’...

Faça a alegria ser mais forte
Do que um tempo de dor...
Não agridas o teu momento...
A platéia te espera...
Então??

És capaz de sobreviver
À ‘fama’ de ser ‘palhaço’???
(Val)

5 de agosto de 2009

FLORES TRISTES



Mesmo que não enxergue as flores,

Cuidado quando andar pelos jardins.

Não as pise, não as machuque,

Não as deixe sentir a sua indiferença...

Flores se entristecem, assim como nós,

Se esquecidos no ‘nada’ de alguém...

(VAL...PÉTALA)

4 de agosto de 2009

HUMANOS


Nada existe além daquilo
Que buscamos dentro de nós!!!

A força, a vontade...
A sobrevivência à dor
É só uma questão de
Resistir...
De insistir...
De cavar canteiros,
Tropeçar em pedras,
Apedrejar o prego,
Paralisar o instante,
Estancar o sangue...
Salvar a semente
E, ... recomeçar...
Cada vez mais fortalecidos
Mais inteiros...
Mais HUMANOS!!
(Val)



1 de agosto de 2009

O poeta não precisa ser triste...


O poeta não precisa ser triste
Basta versejar o que nele existe
Também a flor não precisa encantar
Tampouco o espinho machucar...

O poeta é a criatura que transforma
Com sensibilidade e sabedoria
A emoção que dele transborda
E, assim, nasce a poesia...

Portanto,
O poeta não precisa ser triste
Basta versejar o que nele existe!!

(Val)