24 de outubro de 2010

POETISA NUA






Conto quantos contos conto
Na esperança de desencontrar
O desencanto...
Que desfaz em mim
O dom, o tom,
A cor da poetisa
Emaranhada no desconforto
Desse descanso não opcional...

Versos, rimas, métricas,
Eu lírico??

Onde??

Nos contornos do ser falido,
Na falsa transparência
Do ser mal feito
Nas turvas curvas sem caminhos.

E, lá por longe,
Foi-se a poesia
Sem sandálias e versos,
Despida e desencantada...
A poetisa nua
Em versos de dor...
Dolorosas verdades...

(VALéria CRIStina)

(Noite,...outubro/2010,...Vazio....)

16 de outubro de 2010

HOJE


Como é difícil ‘transbordar’ com coerência...
Hoje, a poesia é passado.
A lágrima alaga o que é.
Como é difícil transbordar com ‘bom senso’...

Silencio.

E, em silêncio,
Derramo versos calados.

A rima já se desfez.
O céu é distante demais.
As estrelas não brilham.
A lua dorme.

Como é difícil transbordar
Em silêncio...


(Hoje,..SÓ Valéria,...SÓ...)